fotografia © agnaldo lima
caminhar sem rumo, por ruas desertas, tendo as pedras das calçadas como espelho da própria sombra.
é como se, na noite, as ruas se transformassem em rios silenciosos e cheios de mistérios, sobre cujo espelho d’água/luz caminha o fotógrafo, o poeta, o errante, repetindo o milenar gesto do mestre, a caminhar sobre as águas.
que buscam esses errantes seres, silenciosos e escondidos no anonimato da noite?... a quem procuram?... por quem esperam?...
as esquinas se repetem, tais guardiãs desse silêncio, cortado apenas, pelo rumor de passos, dos passageiros da noite, ora acelerados, ora tranquilos.
é como se, na noite, as ruas se transformassem em rios silenciosos e cheios de mistérios, sobre cujo espelho d’água/luz caminha o fotógrafo, o poeta, o errante, repetindo o milenar gesto do mestre, a caminhar sobre as águas.
que buscam esses errantes seres, silenciosos e escondidos no anonimato da noite?... a quem procuram?... por quem esperam?...
as esquinas se repetem, tais guardiãs desse silêncio, cortado apenas, pelo rumor de passos, dos passageiros da noite, ora acelerados, ora tranquilos.
é nesse ambiente, repleto de silêncios, mistérios e de espantos que a objectiva bebe, sem pedir licença, a luz com a qual, transformada em tinta, o fotógrafo escreve sobre a película.
enquanto isso, dormem em cubículos, os homens cansados.
um cão ou outro, ladra, o vento ruge, a noite passa.
com os primeiros raios de sol,surgem as imagens que, permanecem em silêncio, tais testemunhas estupefactas.
texto © agnaldo lima
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