fotografia & texto © agnaldo lima
Descontração
Dormir, sonhar e
em cada sonho perpetuar o nada, realizar um desejo e ficar ausente à vida por
instantes.
Fecundar no
sonho, o ventre da mãe, distante e chorosa e beber no seu seio o veneno da
desilusão.
Açoitar com
delicadeza o bêbedo proscrito que dorme sobre o frio da calçada.
Adormecer
sonhando e acordar sorrindo.
Destruir todas
as angústias, desnudar a alma à escuridão do quarto e beber todas as sensações
que a vida negou.
Com o esperma da
ejaculação nocturna fecundar todas as mulheres virgens e povoar a terra com
primogénitos.
Cada um deles
será um Messias que salvará os homens do terror da morte.
Prosseguir
caminho, explorando os becos escuros do subconsciente e descobrir todas as
deficiências que o fazem escravo.
Beber, sem
pressa, num trago, o desejo de não voltar.
Dormir!
Sonhar!
Sonhar será sempre o começo...
ResponderEliminarTexto e fotografia magníficos!
Deixo um beijo
Sónia
Bomdia, Sónia!
ResponderEliminarObrigado pela fidelidade da sua presença neste blog.
Agradeço pela visita e pelo comentário.
Um beijo,
Agnaldo Lima