fotografia © agnaldo lima
texto © agnaldo lima
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a alma
mas, de repente...
rompi a casca, mordi o vento,
rompi a casca, mordi o vento,
suguei da pedra o mel, lambi da terra o sal;
sujei as mãos com o limo, chapinhei na chuva,
sujei as mãos com o limo, chapinhei na chuva,
cantei aos quatro cantos os sons da primavera.
acendi a luz, ouvi os rebentos, vesti-me de cores
acendi a luz, ouvi os rebentos, vesti-me de cores
e bebi da noite o frescor do orvalho.
vi nascer estrelas, lambuzei a cara e sai à rua;
derramei loucuras, risos
e abraços
vi nascer estrelas, lambuzei a cara e sai à rua;
e retomei compasso depois da noite nua.
vi nascer o sol e esqueci cansaços, de noites mal dormidas,
vi nascer o sol e esqueci cansaços, de noites mal dormidas,
onde a minha vida nutria-se de sombras.
recuperei o brilho que me aviva os olhos,
recuperei o brilho que me aviva os olhos,
soprei o pó e o lixo;
deixei que a minha alma fosse vagabuda.
texto © agnaldo lima
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