Seja bem-vindo a este blog!


Seja bem-vindo(a) a este blog!

Criado com o intuito de partilhar momentos de criatividade, numa vertente poético-fotográfica, este espaço é aberto à visitação de todos os interessados no resultado que a metamorfose das emoções possibilita.

Atrevo-me, pois, a pendurar nas "paredes" desta minha "sala de visitas", o que constitui o acervo da minha galeria de lembranças.

Obrigado pela sua visita!

Agnaldo Lima


sábado, 25 de fevereiro de 2012

VII - um corpo... um espaço... e fez-se movimento - O PERSONAL TRAINER




I

o personal trainer


preparação física


foto © agnaldo lima  & modelo © sérgio penajóia


é, quando, do corpo humano, emana-se a energia, através dos seus movimentos, que os 

deuses vestem-se de brilho e cores e, suspensos no ar, admiram a beleza da sua criação; 

somente, então constatam o erro que cometeram 

e reconhecem que o homem também pode ser um deus.


© agnaldo lima





sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

VI - um corpo... um espaço... e fez-se movimento


conversa informal entre o fotógrafo, o modelo, o bailarino e o desportista

o fotógrafo, o modelo, o bailarino e o desportista

agnaldo lima - sérgio, quando e onde nasceste.
sérgio penajóia – ora, nasci a 19 de julho de 1986, no bairro da lapa, em lisboa.

al – qual é a tua formação académica como personal trainer e bailarino? explica como tudo começou.
sp - ora dividindo os temas:
personal trainer - sempre fui dado a área do desporto (ginástica, natação, futebol e agora dança). tentei seguir essa área e entrar na faculdade em desporto mas nunca consegui tirar nota a matemática para concorrer à faculdade. foi então que surgiu a academia do holmes place. reparei que podia ser algo que gostasse de fazer, apesar de não gostar propriamente de musculação pura e dura! mas era um conceito que me agradava, arrisquei e pronto. aqui ‘tou eu após varias formações, tanto que, inclusive, neste momento ‘tou a tirar pós graduação em treino funcional
bailarino - eu era guarda-redes e fui-o durante nove anos até que tive uma lesão na zona lombar. andei em fisioterapia e achei melhor terminar a minha grande carreira de jogador de futebol (risos). entretanto eu sempre gostei de ver a dança do hip hop e sempre foi um estilo de música que ouvi (apesar de ouvir de tudo, até mesmo instrumentais do mais simples que seja) e a maioria dos meus amigos pertencia a um grupo de dança que tinha inclusive sido vice-campeão ibérico. eu comecei a dar mais com eles por namorar com uma das raparigas e então comecei-me a envolver naquele mundo de dança. num dia fui experimentar uma aula, só mesmo para a palhaçada, pois um colega meu ia criar um grupo. foi então que fiz a primeira aula e até hoje ainda danço, tendo inclusive já dado aulas em alguns locais, e ainda dou na associação cotovia-sesimbra.

V - um corpo... um espaço... e fez-se movimento


conversa informal entre o modelo, o bailarino, 
o desportista  e o fotógrafo

o modelo, o bailarino, o desportista  e o fotógrafo

sérgio penajoia – agnaldo, quando começou esta tua paixão pela arte fotográfica?
agnaldo lima – foi em 1986. trabalhava na residência do embaixador do brasil, em paris, onde tinha como função servir a sua mesa e cuidar dos salões de recepções para que tudo estivesse impecável ao receber os convidados. numa dessas recepções estivera presente um famoso fotógrafo brasileiro, o qual lhe oferecera um livro, posteriormente esquecido sobre um piano, numa das salas de recepção. era um livro com belíssimas imagens a preto e branco, as quais mostravam cenas terríveis sobre o efeito que a fome provocava nos habitantes do continente africano, especificamente na faixa denominada sahel.
uma daquelas fotos, em especial, tocou-me profundamente, levando-me literalmente às lágrimas.
naquele momento cheguei à conclusão de que também seria capaz de me comunicar através da fotografia.
passei, então, nos meus tempos livres, a frequentar a biblioteca do centro georges pompidou, onde tive contacto com as obras de brassai, robert capa, eugène smith, dorothéa lange, cartier-bresson e michael freeman, entre outros. a partir daí, vi muitas exposições e fiz, através da objectiva, o meu primeiro contacto com as pessoas, os objectos, as formas, a luz e as cores. comecei a ver o mundo à minha volta com um olhar que até então não experimentara. imediatamente, optei pelo preto e branco, o que considero ser a elegância absoluta e intemporal da arte fotográfica.
passados dois anos fui viver em londres, onde resolvi fazer um curso de fotografia, pois achava que isso seria bom para o meu curriculum. dirigi-me, então, a uma escola especializada nessa área, em busca de conselhos. o coordenador de cursos forneceu-me algumas informações, assim como alguns endereços de escolas, sugerindo-me escolher uma que fosse do meu interesse. agradeci-lhe e, estava a despedir-me, quando, percebendo que eu tinha um portefólio comigo, manifestou o desejo de o ver. concordei, entre entusiasmado e preocupado com o seu comentário que possivelmente viria em seguida. para minha surpresa, após folheado minuciosamente o portefólio, devolveu-mo pedindo-me de volta todos os endereços que me dera anteriormente e exclamando:
“você não precisa de nenhum curso de fotografia; o que realmente precisa é aprender a imprimir as suas próprias imagens.”, e, estendeu-me uma tira de papel com um novo endereço, em cuja escola sugeriu que me inscrevesse apenas na disciplina de impressão de imagens (laboratório) visto que eu já possuía um estilo próprio e não deveria permitir que nenhuma escola o destruísse, impondo-me novas regras, novos conceitos. aquilo soou aos meus ouvidos como se tivesse a receber um prémio por todo o meu trabalho autodidacta contido naquele portefólio.
foi assim que me inscrevi no camden adult education institute, onde tive uma única aula teórica (em como revelar um filme). todo o curso girou em torno da prática de laboratório (revelação de filmes e impressão de imagens).
foi nessa escola que, ao final do curso fiz a minha primeira exposição colectiva (1989).
certamente, a partir daí,  não segui os passos da temática daquele livro, encontrado alguns anos antes sobre o piano, mas propus-me, através do meu trabalho fotográfico dar um pouco mais de beleza ao mundo e partilhar dessa beleza com aqueles com quem convivo diariamente. tanto que o meu prazer maior, no que se refere a fotografia abstracta, é transformar coisas feias em belas, tendo como sujeito eleito para essa transmutação o lixo, os objectos e as superfícies danificadas e em decomposição. dois exemplos que elucidam essa idéia são as exposições “a  alma das coisas” (1995), “a cor do tempo” (1998) e “metamorfose de um olhar” (1999).
contudo, fascina-me, também, fotografar o ser humano, nas suas diferentes actividades diárias, cujos exemplos foram vistos nas exposições “poesia urbana” (2003), “caras giras” (2004),  a segunda parte - ...e outras almas -  de “poesia a preto e branco  a alma das coisas e outras almas” (2007).
por isso a razão deste projecto – um corpo... um espaço... e fez-se movimento – para o qual tive o privilégio de que aceitasses participar.
Ufa!... quase que não mais parava de falar. Desculpa! (risos)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

IV - um corpo... um espaço... e fez-se movimento

foto © agnaldo lima& modelo © sérgio penajóia

 

o modelo
sérgio penajóia nasceu em lisboa, em 19 de Julho de 1986.

é apaixonado pelo desporto (ginástica, natação e futebol) e pela dança.

III - um corpo... um espaço... e fez-se movimento




foto © agnaldo lima  - auto-retrato digital


o fotógrafo
agnaldo lima nasceu na bahia (brasil) em 25 de dezembro de 1950.


estudou no camden adult education institute, em londres, onde participou numa primeira exposição colectiva.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

I - um corpo... um espaço... e fez-se movimento


reflexão poética sobre o movimento do corpo humano

o projecto que ora se inicia tem uma relação muito próxima com o tema movimento. 

trata-se de um ensaio fotográfico sobre duas actividades físicas, nas quais, o movimento está presente - a preparação física de um personal trainer -, os movimentos de dança de um bailarino de hip hop - e, em contra partida a ausência desse movimento numa sessão fotográfica de um modelo.

sem nenhuma pretensão de o abordar numa tónica pedagógica, a ideia resume-se, simplesmente, em desenvolver-se de forma simples, lúdica e poética, o  trabalho de um ser humano que reúne todas as capacidades essenciais para a realização desse processo, filtrado através da objectiva, de forma que o personal trainer, o bailarino e o modelo fotográfico, sejam transformados, nas suas diferentes actividades, em imagens fotográficas a preto e branco.

desafiei, pois, o meu amigo sérgio penajóia, a protagonizar tal projecto. 

com tamanho desprendimento, com uma humildade, quase franciscana e uma paciência que, somente aqueles que acreditam no nosso sonho são capazes de suportar, o sérgio atendeu ao meu pedido. 

à partir de então,  colaborou atentamente, durante todo o tempo, no sentido de levar à bom termo o referido projecto. todo o seu esforço, entusiasmo e colaboração traduziram-se numa salutar e enriquecedora viagem de observação, onde movimento e emoção fundiram-se num espectáculo de extrema beleza.

agradeço, portanto, pelo despojamento com que, desnudando a sua alma de artista, num ritual de tão suave entrega e de tão terna magia, proporcionou ao olhar da minha alma indiscreta, beber, sem pressa,  através  da objectiva, a essência desse seu tão corajoso gesto, transformando em  beleza a natural estética dos seus movimentos.

sem a sua participação, certamente este projecto teria sido concluído, mas com o sérgio, tudo teve um sabor diferente, um sabor de vida, de movimento, de cumplicidade, de esperança, de sonho realizado.

obrigado, amigo, por teres colaborado  na alimentação deste meu sonho e, acima de tudo, na sua execução, acreditando, assim, na minha capacidade de o realizar.

deixo aqui, pois, registado através do resultado deste trabalho, a minha homenagem ao profissionalismo do personal trainer, à beleza de movimentos do bailarino, à desenvoltura do modelo e à generosidade do especial ser humano e grande amigo que és.

e, sem mais demora, entrego às tuas mãos, este projecto, para que o apresentes aos seguidores deste blog

  um corpo... um espaço... e fez-se movimento

agnaldo lima
http://metamorfosedeumolhar.blogspot.com



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

XLII poesia a preto e branco - a alma das coisas e outras almas





caros seguidores do blog




aqui termina  o projecto "poesia a preto e branco - a alma das coisas e outras almas".


cabe-me agradecer, gentilmente, a cada um de vós, em particular,  por tê-lo alimentado com a sua 
preciosa visita, com a salutar energia da sua agradável presença e com a certeza e o aconchego da  sua fidelidade.


confesso-me realizado com essa apresentação e, espero ter conseguido levar um pouco de beleza ao coração daqueles que, através do seu olhar, souberam captar a mensagem aqui proposta.


no entanto, não consigo impedir-me de levar no coração, o incómodo provocado pelo sentimento de, no dia-a-dia de tantas almas, haverem almas que, não suportando a eloquência dos sentimentos que lhes são dedicados, recolhem-se ao silêncio e desaparecem; deixando outras almas estupefactas, no ancoradouro das ausências, com a amarga sensação de terem sido traídas. 

isso mostra quão efémera é a perenidade de certas relações; isso mostra quão efémera é a perenidade da vida.

meu carinho e grande estima a todos os que visitam este blog.

boa noite e... por favor... voltem amanhã para o início do próximo projecto. :-)

obrigado!


agnaldo lima