foto © agnaldo lima & modelo © sérgio penajóia
“vieste, belo pássaro, pousar em
meu corpo morto
acorrentado a este chão; sonho que foi quebrado
vieste matar a minha saudade de ser paisagem
vieste e eu senti de novo o cheiro da seiva verde que correu um dia em minhas veias
vieste e foi como se fosses o vento balançando na minha copa nua.”
texto © manuela henriques 22/03/2012
Agnaldo, este conjunto de fotos está lindo! Cofesso que não entendo nada de técnicas fotográficas, por isso não posso aqui reflectir a esse respeito; no entanto, o espaço, o corpo, a luz e o movimento transmitiram-me emoções que quero partilhar contigo. Então, em jeito de arremedo de poema, só para ti, te digo:
ResponderEliminarVieste, belo pássaro, pousar em meu corpo morto
acorrentado a este chão; sonho que foi quebrado
Vieste matar a minha saudade de ser paisagem
Vieste e eu senti de novo o cheiro da seiva verde que correu um dia em minhas veias
Vieste e foi como se fosses o vento balançando na minha copa nua
Manuela 22/03/2012
Manuela, fiquei sem palavras; de repente, tudo se transformou em emoção pura e muda.
ResponderEliminarEmocionante texto!... Somente um(a) poeta consegue transformar um homem num pássaro, o qual faça sonhar a árvore já morta e reviver o tempo que passou. Tu transformaste em humano o tronco sem vida dessa árvore e, em mais humano ainda, o "pássaro" que, sobre ele, pousou como o "vento, balançando a sua copa nua".
o personal trainer-pássaro, o bailarino-pássaro, o homem-pássaro e o homem que estava atrás da câmara fotográfica a ver nascerem essas imagens agradecem pelo teu comentário, tão profundamente tocante. Bjs.